Philipe Cardoso Com 33 anos de idade, sou um carioca apaixonado por tecnologia e fotografia. Além de ser o criador do Portal Zoom Digital, que preserva sua essência desde os tempos em que era um blog, também sou um verdadeiro entusiasta e amante de todas as formas de tecnologia. Através do Portal, compartilho minha paixão pela tecnologia e trago as últimas novidades e tendências para os leitores. Também sou fascinado pelo mundo da fotografia, explorando o poder das imagens para capturar momentos únicos e transmitir histórias cativantes.

RMS vs. PMPO: Quais são as diferenças?

3 min read

Por Amilton Junior, do Grupo Dicas em Geral

Na hora de comprar um novo equipamento de som para seu computador, som externo ou até mesmo um microsystem residencial nos deparamos com: 7 mil watts de potência, 10 mil, 12 mil… Ao vermos, imaginamos: “uau, eu com um som desses vou fazer a casa virar do avesso”. Mas, nem sempre essa potência significa tudo o que pensamos. Vamos aos detalhes técnicos.

Potência de Áudio

Potência de áudio é a potência elétrica transferida de um amplificador de audiofrequência para uma ou mais unidades de saída, conversoras, chamadas sonofletores ou altofalantes. É a medida em potência do sinal de áudio anteriormente convertido em sinal elétrico (eletrônico) e, agora, reconvertido ou recuperado na forma sonora, para os fins de utilização específica (audição).

Por meio do SI (Sistema Internacional de Unidades) a potência sonora é medida em Watts (nome derivado do matemático e engenheiro James Watt).

O sinal de audiofrequência na saída de um canal de amplificador de audiofrequência é variável. É expressado por funções de onda complexa (compostas de várias frequências), tipicamente variáveis no tempo, tanto para a tensão e para a corrente, como para a potência e a energia. Em seu aspecto gráfico apresentam formas características, ditas formas de onda, e podem ser analisadas completamente com o auxílio de transformadas de Fourier tanto no modo analítico quanto no de espectro de frequências.

As audiofrequências também podem ser descritas por alguns indicadores característicos, como: valor médio, valor de pico, valor de pico-a-pico ou amplitude total etc. A esta potência também usa-se a associação com o nome de “potência RMS de aúdio“. Isso é um equívoco conceitual precisa ser esclarecido.

Potência RMS

RMS (Root Mean Square ou Raiz Média Quadrada) é a potência máxima que um equipamento pode gerar com baixo nível de distorção e em toda a gama audível Hi-Fi (de 20Hz a 20.000Hz), por tempo indeterminado, onde o som é uma tensão alternada e a medida RMS diz qual a potência elétrica aplicada efetivamente é convertida em som. Por exemplo, em um aplificador de 10 Watts RMS por canal, significa que em cada saída (esquerda e direita) a máxima potência sonora gerada será de 10 Watts.

O que se chama de potência RMS na prática é potência média. No processo de conversão de energia elétrica na saída de um amplificador de aúdio para um dado alto falante, múltiplas e sucessivas conversões são presentes: de energia elétrica para energia eletromagnética, desta para energia mecânica não sonora e para energia sonora audível. Em todas essas conversões há intervenção entrópica  e, assim, parte da energia é convertida em energia térmica (calor). Isso é quantificado pela apuração do parâmetro eficiência em cada um dos estágios.

Potência PMPO

PMPO (Power Music Pic Output ou Pico de Força de Saída Musical) é a potência que mede a potência pico-a-pico, ou seja, mede a potência elétrica aplicada no altofalante ao invés da potência que é convertida em som (RMS). Com isso, o valor numérico da potência declarada pelo fabricante é bem maior do que a potência real (RMS) do amplificador.

Teoricamente, a potência RMS equivale a 35% da potência de pico-a-pico (PMPO). Na prática, a maioria dos fabricantes acabam arredondando para mais, onde a potência PMPO é assumida como o quádruplo da RMS (RMS x 4). Em sistemas estéreo (dois canais), é muito comum o fabricante adotar como potência máxima do amplificador a soma das potências dos canais esquerdo e direito (por exemplo, um amplificador de 10 Watts por canal é vendido como um amplificador de 20 Watts – de potência máxima). Portanto, um amplificador de 10 Watts RMS por canal acaba sendo vendido como um amplificador de 80 Watts PMPO (ou, em alguns casos, 100 Watts PMPO).

O multiplicador RMS para PMPO não é um valor único e real. Cada fabricante adota um padrão para medir as potências de seus amplificadores. Em estudos realizados, podemos encontrar valores que vão de 4 até 12 vezes, onde 10 Watts RMS, por exemplo, equivalem de 40 a 120 Watts PMPO.

Mas afinal, em qual devo confiar?

Sabemos quais são as diferenças, e também suas diversas variações. Os fabricantes cada vez mais estão usando e abusando das medidas de potência PMPO, visto que esta sempre será um valor muito alto e atrativo aos olhos. Mas atenção, esses valores podem ser atrativos para os olhos, mas na hora de comprar um aparelho de som, este deve ser apreciado pelos ouvidos!

Se você procura um som para ambiente interno, procure dar preferência para valores PMPO com sinal Hi-Fi. Não exagere. Potências muito altas não são recomendadas para ambientes internos, tornando o som desagradável e impossível de ser suportado.

No seu caso, se for um som externo, procure sempre potências altas (em RMS) e de acordo com o número de caixas de som a serem utilizadas. Verifique a potência total de cada caixa e sempre utilize-se de potências que tenham sobra (jamais utilize duas caixas de 500 watts em uma potência de 1000 watts). Procure, também, utilizar Divisores de Frequência nas caixas, para que o som seja dividido corretamente e distribuído pelos equipamentos dentro do ambiente acústico.

Para usuários de computador que optarem por um som de melhor qualidade, dê preferência a potências PMPO. Sistemas de som de 2.1 canais, que hoje em dia são comuns, não possuem uma alta potência em valores médios reais (RMS). Portanto, pode ser desanimador verificar esta potência real. Mas não se preocupe: não é a mais alta potência, mas a qualidade, com certeza, será bem melhor.

Philipe Cardoso Com 33 anos de idade, sou um carioca apaixonado por tecnologia e fotografia. Além de ser o criador do Portal Zoom Digital, que preserva sua essência desde os tempos em que era um blog, também sou um verdadeiro entusiasta e amante de todas as formas de tecnologia. Através do Portal, compartilho minha paixão pela tecnologia e trago as últimas novidades e tendências para os leitores. Também sou fascinado pelo mundo da fotografia, explorando o poder das imagens para capturar momentos únicos e transmitir histórias cativantes.

6 Replies to “RMS vs. PMPO: Quais são as diferenças?”

  1. Mas RMS não é melhor? Sempre ouvi dizer que PMPO era potência máxima para otários. Com um sistema PMPO você perde a qualidade com o passar do tempo e com o RMS não… Li isso quando decidi comprar um sistema 5.1.

  2. Muitos erros.
    "PMPO (Power Music Pic Output ou Pico de Força de Saída Musical) é a potência que mede a potência pico-a-pico, ou seja, mede a potência elétrica aplicada no altofalante ao invés da potência que é convertida em som (RMS)."
    Totalmente errado. Tanto PMPO quanto RMS (e média, pico, pico a pico, IHF) se referem a potência aplicada ao alto falante. A potência sonora depende de fatores do alto falante e da caixa que determinam o rendimento, mas dificilmente é especificada.
    "O multiplicador RMS para PMPO não é um valor único e real. Cada fabricante adota um padrão para medir as potências de seus amplificadores. Em estudos realizados, podemos encontrar valores que vão de 4 até 12 vezes"
    Já vi até 30 vezes mais. PMPO foi desvirtuado pelos fabricantes, sendo que cada um especifica o que bem entende, já que não há normalização para isso.
    Portanto, ninguém deve olhar para a potência especificada em PMPO. Deve-se verificar apenas a RMS.
    "Se você procura um som para ambiente interno, procure dar preferência para valores PMPO com sinal Hi-Fi". NÃO MESMO. Hoje PMPO só serve para vender mais.
    "Sistemas de som de 2.1 canais, que hoje em dia são comuns, não possuem uma alta potência em valores médios reais (RMS). Portanto, pode ser desanimador verificar esta potência real". O usuário deve ter conciência de que 2W é bom para um rádio pequeno, 20W para um som no computador, 100W para pequenas festas em casa. Acima de 500W apenas para ambientes grandes.
    "Mas não se preocupe: não é a mais alta potência, mas a qualidade, com certeza, será bem melhor". Mais importante que a potência é a qualidade do som.

  3. Mais duas coisas que não foram consideradas: A Taxa de Distorção Harmônica (THD) e a sensibilidade (SPL, em dB a 1W a 1m, dB/W/m)
    Em aparelhos domésticos a grande maioria dos fabricantes especifica a potência RMS a 10% de THD. É uma distorção muito elevada (como um rádio relógio no último volume).
    Fabricante de som profissional especifica a potencia a menos que 1% de THD, geralmente a 0,1%, que não é perceptível.
    Desta forma, um aparelho de 100Wrms a 0,1% poderia ser especificado com sendo 250Wrms a 10%.
    Desta forma os fabricantes conseguem "aumentar" a potência mesmo em RMS. Mas como a maioria especifica a 10% pode-se usar esse valor para comparar aparelhos residenciais. Mas não se pode comparar aparelhos profissionais com residenciais apenas pela potência esquecendo-se de verificar a THD.

    A sensibilidade indica quanto de pressão sonora, em dB (decibel) um falante dá com 1W a 1 metro de distância. Isso muda muita coisa. Um falante que tem 93dB/1W/1m dá mesma coisa que um de 90dB/1W/1m com a mesma potência.
    Caixas pequenas residenciais possuem 86 a 89 dB/1W/1m, enquanto que profissionais possuem mais de 94. Cornetas e tweeters profissionais chegam a 110dB/1W/1m.
    Lembrando que para aumentar em 3dB é necessário dobrar a potência.

  4. No tangente ao ultimo paragrafo, fikei com uma duvida, eu tenho um caixa acustica de 600watts rms, 8ohm, poderia liagar a mesmo num amplificador de 1400watts rms 8ohm, sem risco de dinificar a minha caixa?

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