São necessárias poucas peças para se tornar um ISP. Dividindo-se a infra-estrutura de um ISP em três áreas distintas, consegue-se ver facilmente onde cada peça se encaixa.
A primeira peça do equipamento a se considerar é o switch Ethernet. Assim como o backbone do ISP, a Ethernet é o denominador comum que permite que equipamentos de diferentes fabricantes se interconectem. A partir do ponto de distribuição, um ISP pode adicionar serviços de acesso, assim como, largura de banda adicional.
A rede de acesso do ISP é o ponto onde os usuários se conectam ao serviço. A forma mais comum é através de modems discados. Antes, os modems de mesa e os servidores de terminal eram a forma padrão para se conectar. Hoje, com a queda de preço das linhas E1 e dos modems V.90, um único equipamento integrado oferece a melhor solução. Esse equipamento é chamado Servidor de Acesso Remoto (RAS).
O RAS se conecta à companhia telefônica local através de um linha E1, e ao switch Ethernet local. Quando os usuários fazem uma chamada para se conectar ao provedor, o RAS responderá a chamada com um de seus modems. Após conectar o usuário, o RAS pegará os pacotes IP e os enviará para a Internet.
O RAS opera da seguinte maneira:
A próxima peça é o roteador. Ele conectará a rede do ISP ao provedor upstream. É através deste provedor que se conecta a outras redes e hosts, ou em outras palavras à Internet. O provedor upstream, nada mais é do que um ISP que se conecta diretamente à rede mundial e vende serviço de acesso a ISP’s menores alocando sub redes.
Em seguida são necessários os servidores. Os serviços básicos que qualquer ISP precisa para prover acesso, são:
DNS – é o método pelo qual os computadores traduzem nomes como www.blackbox.com.br em um endereço IP. Isso é feito porque todo tráfego na Internet é baseado em endereços IP e os nomes são mais fáceis para os seres humanos memorizarem.
RADIUS (Remote Authentication Dial In User Service) – Serviço de autenticação remota de usuários discados. É o protocolo de autenticação, onde um cliente, como por exemplo um RAS, requer ao servidor RADIUS a validação de um usuário. Os nomes de usuários e senhas, assim como parametros adicionais são mantidos em um banco de dados centralizado. O registrador RADIUS rastrea as transações de autorização e autenticação e captura as estatísticas de cada sessão. Existem muitos servidores RADIUS gratuitos disponíveis na Web, e muitos sistemas tarifadores ISP incorporam suporte a RADIUS em seus pacotes.
Como pode ser observado, hoje, a Internet representa um novo mercado de serviço de comunicação. Recurso de massa e baixo custo facilitaram a construção de um provedor de Internet. Com poucos equipamentos e alguns softwares gratuitos, ficou muito fácil montar um ISP.