Philipe Cardoso Com 33 anos de idade, sou um carioca apaixonado por tecnologia e fotografia. Além de ser o criador do Portal Zoom Digital, que preserva sua essência desde os tempos em que era um blog, também sou um verdadeiro entusiasta e amante de todas as formas de tecnologia. Através do Portal, compartilho minha paixão pela tecnologia e trago as últimas novidades e tendências para os leitores. Também sou fascinado pelo mundo da fotografia, explorando o poder das imagens para capturar momentos únicos e transmitir histórias cativantes.

O perrengue dos carros elétricos no Brasil

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O carro elétrico ainda é uma tendência que engatinha no Brasil. Enquanto no mundo todo existem 340 mil veículos 100% movidos a eletricidade, o Brasil fica com 0,02% dessa fatia. Em 2012 foram licenciados 117 modelos elétricos e híbridos no país, somando também as 435 unidades agregadas entre janeiro e novembro de 2013. Mas mesmo assim, o país conta com apenas 70 unidades totalmente movidas por energia elétrica. São números extremamente baixos comparados aos 2,77 milhões de veículos tradicionais vendidos durante os 11 primeiros meses de 2013, dados que classificam o Brasil como quarto mercado em vendas de veículos no mundo, possibilitando o país representar cerca de 3% da economia mundial.

Um automóvel elétrico tem autonomia média de 120 km, contrastando na necessidade de recarregar a bateria por um período entre 8 à 10 horas até atingir seu ciclo completo de carga. Apesar dos índices zero na emissão de CO2, diminuição de ruído nas ruas e a economia na hora de abastecer, o custo de produção desses veículos é o principal alvo de preocupação das montadoras. A Fiat, por exemplo, gasta R$ 100 mil reais para importar uma bateria da Europa para o Brasil, devido ao custo do produto e as devidas taxas. Agregando mais alguns outros componentes, muitos também importados, o preço de um Palio Weekend na versão elétrica, ficaria em torno de R$ 250 mil reais, cinco vezes o valor da versão tradicional do modelo.

palio_weekend_eletrico

O governo brasileiro prefere incentivar a produção e a venda de modelos movidos a gasolina e etanol, alegando o aquecimento da economia, trazendo incentivos fiscais a favor do consumo. Em contrapartida, potências como a China, oferecem isenção de US$ 15 mil dólares para quem comprar carros menos poluentes. Mas a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) enviou ao governo uma proposta para criação de uma política de incentivo a produção nacional de modelos elétricos. A iniciativa sugere que a atual divisão de 25% de IPI cobrada nos carros elétricos, caia para zero. Segundo Luiz Moan, presidente da Anfavea, o carro elétrico no país tem o IPI mais alto que qualquer outra categoria de veículo.

Além dos incentivos fiscais, os modelos elétricos também dependem de adequações na estrutura urbana das cidades. A necessidade da criação de “eletropostos” é prevista. Dentro da Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, já existe um posto de recarga elétrica que permite recarregar em até 80% a bateria de modelos elétricos em 20 minutos.

Fonte: Exame e Zero Hora (edição impressa – 08/01/14)

Philipe Cardoso Com 33 anos de idade, sou um carioca apaixonado por tecnologia e fotografia. Além de ser o criador do Portal Zoom Digital, que preserva sua essência desde os tempos em que era um blog, também sou um verdadeiro entusiasta e amante de todas as formas de tecnologia. Através do Portal, compartilho minha paixão pela tecnologia e trago as últimas novidades e tendências para os leitores. Também sou fascinado pelo mundo da fotografia, explorando o poder das imagens para capturar momentos únicos e transmitir histórias cativantes.

8 Replies to “O perrengue dos carros elétricos no Brasil”

  1. Segundo a USP apenas 30% de Itaipu ou (6% da matriz) seria necessário para toda a frota do país youtu.be/sZih4MG-5tI e com um aumento de 2% ao ano do elétrico, teríamos mais de 50 anos para nos preparar para as demandas. Outra coisa, hoje a energia solar já se paga em apenas 4 anos youtu.be/yhuxiin-Mcs , O lítio do Mundo é suficiente para fabricar 10 bilhões de baterias de carros elétricos, hoje a frota atual do mundo é menor que 1 bilhão de carros, e o lítio tem a vantagem de ser reciclado infinitas vezes, diferentemente da gasolina que simplesmente vira fumaça. Autonomia das novas tecnologias de baterias: ar-alumínio 1600 km, lítio-enxofre 460 km, Composto de Sódio 1000 km, ar-lítio 800km. O Tesla Model s tem autonomia de 480 km com garantia das baterias de 8 anos ou 200.000 km, isso só a garantia, a vida útil é muito maior. Agora, imaginem se de uma hora pra outra surgisse uma bateria com 1000 km de autonomia, 30 anos de vida útil, metade do preço das atuais, com recarga em 10 min… O que vcs acham que aconteceria com os carros a combustão e com o Brasil?

    1. Olá Alex!

      Cara, obrigado pelas informações. Com certeza complementaram o conteúdo do nosso artigo. As questões que tu levantou no fim do teu comentário são deveras intrigantes. Não vamos nem “colocar na conta do governo”, puxando para o lado dos tributos e afins, mas ressaltar que o brasileiro é um povo que descreve o carro como um bem maior de consumo, quase um membro da família. Gosta de velocidade, potência, ouvir o ronco dos motores. São poucos os que consideram apenas como um meio de locomoção, um objeto de uso comum. Enquanto essa filosofia existir, mesmo que existam incentivos fiscais e tecnologia suficiente para atender toda uma demanda, as pessoas vão continuar preferindo carros movidos a combustão, não estando preocupados sobre a quantidade de gases nocivos que são lançados no ambiente. Isso é apenas detalhe.

      Eu sei que isso direciona a discussão para um lado diferente do que levantei no artigo, mas talvez um fundamento pelo qual as pessoas no geral não demonstram importância pelos impasses que o governo sustenta.

      Valeu pelo comentário!

      Abraços!

    1. Muito obrigado, Edson!

      Então, referente ao botão (+1) do Google Plus, o assunto já foi pauta das nossas demandas internas. Mas vamos considerar sua sugestão e revalidar a discussão.

      Agradecemos mais uma vez!

      Abraços!

  2. Ola Joatan!
    Tenho muito interesse por esse assunto, eletricidade, sustentabilidade, propulsão, etc antegravidade imagine como o mundo vai mudar com essa tecnologia.
    Pois bem sobre o que você falou do povo brasileiro gostar do ronco dos motores realmente é um fato, acho que o ronco ta voltado para potencia do carro a velocidade que alcança, vamos mudar esse pensamento de gosto cada um tem o seu realmente! mas uma característica de gosto seria impressionar então vamos impressionar o brasileiro que gosta de qualidade e quantidade não só o brasileiro mas o ser humano , vamos colocar um motor elétrico com os mesmos CVs de uma carro 1.0 + ou – 70 cavalos, tenho certeza que você entende de motores e sabe a grande diferença será que o gosto do ronco não será substituído.
    Esse ano já estou dando adeus aos postos de gasolina! acho que meio que ilegal pois os governantes da minha cidade ( Salvador ) não permitem que cada qual viva sem que eles ROUBEM o hilário salário mínimo do povo brasileiro, então acho que ainda não tem permissão para veículos elétricos circular aqui nessa cidade, mas não me importa não dependo do governo manipulador, vou modificar o meu carro para elétrico e ainda para burlar os rodoviários ( um dos dedos do governo ) vou colocar um efeito sonoro de motor a combustão rsrs e vai ser de um V8 rsrsrs.
    Parabéns Joatan pela mateira e iniciativa.

    1. Olá Maico!

      Sinceramente, acredito que no ritmo que as coisas evoluem no Brasil, vai demorar muito para alcançarmos a popularização dos carros elétricos. Entre os motivos, temos toda uma questão cultural, o velho hábito dos brasileiros considerarem seus carros não só um meio de transporte, mas quase um membro da família, além da falta de interesse de um governo ganancioso, que tem como objetivo lucrar nas custas dos impostos pagos pelo povo.

      Não sei se mesmo que as pesquisas cresçam ao ponto da eficiência dos elétricos chegar no mesmo patamar de um modelo 1.0 comum, as pessoas vão mudar sua maneira de enxergar os carros. Pois mais uma vez, ao mesmo tempo que as montadoras dedicam tempo e dinheiro no desenvolvimento dos seus modelos elétricos, elas sabem que sua principal fonte de lucros ainda são os modelos a combustão.

      Valeu pelo comentário!

      Abraços!

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